Saga Vietnamita - Parte I

A viagem estava programada para começar a 16 de Dezembro em Hanói, onde pernoitaríamos 2 noites antes de avançarmos progressivamente para o Sul. Estava, porque graças a uma pequena confusão da minha parte ou da rapariga da agência (uma questão que não vale a pena aqui aprofundar) ao chegarmos ao aeroporto fomos informados pelo "hospedeiro de terra" que o nosso destino era HCMC, com regresso via Hanói 3 semanas depois. Um pequeno pormenor.

Felizmente, não tinhamos nada marcado. Infelizmente, a minha leitura do Lonely Planet ainda não tinha passado do capítulo dedicado ao nosso destino inicial. Adivinhem com que me entretive no avião?

Chegados a HCMC, lá nos instalámos num hotel qualquer no centro, e rapidamente nos apercebemos da importância de uma das recomendações do guia: não esquecer os tampões para os ouvidos. O barulho das motas é ensurdecedor e o trânsito não pára a qualquer hora da noite e do dia. Atravessar a estrada requer um verdadeiro salto de fé mesmo para os mais descrentes: avançar lentamente mas sem hesitações, rezando para que os motociclistas de olhos em bico se desviem gentilmente no último segundo. Sobrevivemos.


Acho que lá ao fundo está um de capacete. 

HCMC não deixa de ter o seu charme, e a gastronomia vietnamita conquistou-nos desde o primeiro dia. Para além de nos passearmos pelas ruas de arquitectura colonialista, templos e mercados, visitámos o Palácio da Reunificação, uma verdadeira ode ao kitsch comunista.


Nem o Santana merece um palácio assim. 


Restícios do colonialismo franciú 

Ao terceiro dia sem dormir e a tentar sobreviver como peões na antiga Saigão, decidimos rumar às calmas margens do Delta do Mekong. Mas essa é uma história que fica para para amanhã...