Ganda treta

Hoje tive uma aula sobre história e cultura de Singapura, bastante interessante, onde entre outras coisas aprendi que grande parte da ilha é composta por terrenos recuperados ao mar, como a Holanda, prevendo-se que cresça cerca de 5% nos próximos 10 anos. Começo a duvidar se alguma coisa por aqui é realmente verdadeira ou se vivemos no Láláland.

Acupunctura

Hoje fui fazer os testes médicos para o Visto e tive de tirar sangue. Picaram o braço direito, depois o esquerdo, voltaram ao direito e finalmente lá encontraram uma veia nas costas da mão. Deve ser ser a isto que chamam medicina tradicional chinesa.

Domingueiros

Hoje foi dia de folga, e como qualquer tuga que se preze atravessámos a ponte e fomos dar um saltinho à praia, com o Miguel (um ex-colega do Filipe da Nova que trabalha em Singapura) e a namorada. Como o porto de Singapura deu cabo das praias, o governo não esteve com meias medidas e toca de construir uma: mandaram vir a areia, as conchas, as palmeiras, as redes de volei, e como toque final espalharam umas rochas em fibra, como as dos cenários da Disneylandia. É lindo.

Se o Santana sabe desta, lá se vai o Rossio.

Não há praia? Passa a haver.

Study hard, play even harder

Parece ser o mote por aqui, pelo menos a julgar por esta primeira semana. Entre outros eventos mais formais, tivemos uma festa de boas-vindas num bar na sexta e um churrasco na praia no sábado, que acabou a altas horas da noite com uns banhos de mar pelo meio para os mais afoitos (confesso que me fiquei pela areia. Com tanta alforreca no menu é porque elas andam por aí).

Enquanto os maridos marram... 

Bons exemplos

Para os amigos publicitários para quem tudo já está inventado, aqui fica um bom exemplo de criatividade asiática, que anda por aí pintado nas estradas. Não vale picar!

Vai uma passa? 

"This is not Club Med!"

Na abertura oficial das aulas o Reitor do INSEAD fez um discurso que começou com esta frase lapidar. O senhor pode ser uma sumidade, mas como podem ver pela fotografia abaixo tenho provas documentais que me permitem discordar.

A "picina" 

Tão balalão, cabeça de cão

Já descobri os "tis". Só faltam os circunflexos.

Chinesices

É a terceira vez que vamos jantar chinoca e me perguntam
se quero sal na coca-cola. Parece-me quase tao mau quanto
o chaw-min de alforreca.

A nossa alegre casinha

Para já, apresento-os a sala, que até é maior que a nossa em Lisboa. As casas sao todas iguais, mas tivemos sorte com a mobília: a dos franceses é toda amarelo e verde, e a dos outros portugueses está forrada a espelhos e budas dourados. Amanha, segue-se o tour da piscina.

Nao, nao é o catálogo Ikea. 

Sozinha em casa II

Como já devem ter notado, começa a ser notória no blog a ausencia de posts da minha cara-metade. Quero assegurar-vos que nao é nada de pessoal, a verdade é que a carga horária aqui nao vai ser muito diferente da de Lisboa nos primeiros meses. As aulas ainda nao começaram verdadeiramente, e hoje teve o dia preenchido com actividades de "team building" com o grupo de trabalho dele. O exercício abaixo consistiu em formarem uma estrela com uma corda com os olhos vendados. Da esquerda para a direita: um italiano, um portugues, um frances, um americano e um indiano (acho que há uma anedota que começa assim...).

É para isto que eles pagam propinas... 

Torre de Babel

Ontem passei o dia a confraternizar com as outras "partners" (em portugues, mulheres) do INSEAD, alternando durante várias horas entre ingles, frances, espanhol, portugues de Portugal e do Brasil. Às tantas, já o cocktail ía bem regado, alguem me sugeriu fazer um curso de malaio. E o mais estranho é que na altura até fez sentido.

D Day

Ontem foi a inauguraçao oficial das aulas no INSEAD, que começou com um cocktail na faculdade (nao lhe posso chamar croquetel porque eles aqui servem mais chamuças e crepes chineses) seguido de um jantar TUGA onde, como nao podia deixar de ser, o tema de conversa foi o habitual "Ah, entao conheces o...?". Há quem diga que abaixo do Equador a água dos autocolismos roda ao contrário, mas há coisas que nunca mudam.

...e pelo meio muita chuva. 

...à noite shopping... 

De manha templos... 

Como quem vai ali a Badajoz

Apanhámos o aviao para Bankok para umas mini-férias de quatro dias. É uma cidade surreal, com enormes contrastes entre templos lindíssimos, barracas imundas e ruas modernas atravessadas por um metro "skyline" cuja linha atravessa as principais avenidas à altura de um 3º andar sem deixar sequer entrar o sol, com passagens directas das estaçoes para os centros comerciais, num emaranhado de betao e neon que nos fez lembrar o Blade Runner. E, claro, muita chuva...

Resumindo

Os 1ºs quinze dias passaram a voar, para começar porque tínhamos os horários tao trocados que só acordávamos ao meio-dia, e depois porque tivemos uma lista infindável de coisas a tratar, como vistos, telemóveis, conta bancária, etc. Pelo meio, fomos travando conhecimento com a comida local (para já sem efeitos secundários de maior) e com os hábitos dos "singapuros", como o facto de a maior parte dos nossos vizinhos nao só se descalçar antes de entrar em casa, mas também deixar os sapatos numa sapateira do lado de fora da porta, ou mesmo espalhados pelo corredor comum. Como calculam, o efeito geral é lindíssimo. Chinesices...

Uff!!!

A viagem foi um bocado mais atribulada do que prevíamos. Começou com uma partida em falso: devido a uma tempestade que cancelou todos os voos para Londres, tivemos de fazer escala em Frankfurt e apanhar um voo mais tarde para Singapura. Ou seja, em vez de chegarmos aqui de manha, chegamos por volta das 9 da noite, e ao fim de quase 20 horas de voo fomos direitinhos para o Ikea comprar lençois e almofadas para, por fim, podermos dormir. No dia seguinte, repetimos a dose para comprar outros bens de primeira necessidade, e passámos o dia de um lado para o outro em tarefas tao interessantes como tirar o passe e fazer compras no hipermercado local (um exótico Carrefour).

Singapura by Night

Estamos vivos

E finalmente online! Demorou um pouco pois tivemos que esperar que o Filipe recebesse o visto para podermos tratar de tudo o resto. Mas a partir de agora prometemos actualizar o blog frequentemente, começando já amanha com fotografias e pormenores da mudança. Já agora, alguém sabe onde ficam os "tis" e os acentos circunflexos nos teclados Made in China?