Partida, Largada, Fugida!

Ja' arrumamos as nossas coisas, deixamos o nosso apartamento e fizemos as nossas despedidas. Agora e' altura de comecar a pensar em coisas mais serias...

Dentro de duas horas tem inicio o nosso periplo por terras da Indonesia. Esta viagem marca o fim da nossa aventura na Asia (para ja'...) e passara' por destinos tao exoticos como Komodo, Flores, Alor, Timor, Bali, Borobdur. Tudo de mochila 'as costas e com uma boa dose de paciencia para atrasos, camionetas cheias de galinhas, barcos a meter 'agua e avioes a deitar fumo. So' espero que nao acabemos como no "Lost" numa ilha deserta com uma quantidade de caramelos com problemas psicologicos.

Como habitualmente prometemos actualizacoes frequentes das nossas paragens, inumeras fotografias e relatos detalhados das nossas aventuras.

Em breve estaremos em Lisboa para contar tudo...

It's a wrap

Já temos a casa cheia de pacotes e o computador vai ser enviado para Lisboa já amanhã; restam-nos 5 dias de empacotamento antes de partimos para a Indonésia, onde vamos ficar até dia 21 e de onde partimos directamente para Lisboa (numa derradeira tentativa de testar os limites da nossa resistênsia ao jet-lag e a quatro transfers de avião). Entretanto, já começamos a ficar com saudades de Singapura mesmo antes de a deixarmos, quem sabe para sempre (chuiiff). Porque uma imagem vale mais do que mil palavras, aqui ficam umas quantas:


O Fullerton 


O Kampung Glam 


O Jardim Botânico 


Chinatown 


O Lau Pa Sa 


Little India 


Os templos hindús 


O Chijmes 


O Hotel Raffles 


O "Merlion" 


O Finantial District 


A "Espalanade" em Marina Bay 

KL+Malaca

Este fim-de-semana andámos a queimar os últimos cartuchos: levámos os pais e a irmã do Filipe e KL e a Malaca. Esta última apesar de pequena tem ainda algum charme, não graças à herança portuguesa (um "páteo" lusitano receado de marisqueiras de terceira à beira de um rio nauseabundo, mais o habitual forte e igreja em ruínas) mas sobretudo graças ao bairro dos Peranakan (misto de Chineses e Malaios), cheio de casas baixinhas e coloridas, lojas de antiguidades e artesanato, comida deliciosa e um animado mercado nocturno. Já a beleza de KL resume-se na seguinte fotografia...


 

Corte e costura

Seguindo a mesma linha de pensamento, como é que se chamarão os habitantes do Butão? Colchetes?

A Língua Portuguesa

Alguém me consegue ajudar com uma dúvida que tenho desde que aqui cheguei? Como é que se chamam aos habitantes de Singapura em Portugês?

Singapuranos (como Cubanos, Romanos)?
Singapureanos (como Açoreanos)?
Singapurranos (como Matarruanos)?
Singapurinos (como Londrinos, Maiorquinos)?
Singapurinhos (como Canarinhos)?
Singaleses (como Senegaleses)?
Singapurenos (como Madrilenos, Chilenos)?
Singapuretas (como Lisboetas)?
Singapuritas (como Moscovitas)?
Singapuriitas (como Xiitas)?
Singapuristas (como Paulistas)?
Singapurocas (como Cariocas)?
Singapureses (como Nepaleses, Chineses, Gauleses)?
Singapurenses (como Parisienses, Madeirenses)?
Singapuravos (como Escandinavos)?
Singapureiros (como Tripeiros)?
Singapurascos (como Bascos)?
Singapurões (como Letões, Travões, Cab...)?
Singapurónios (como Estónios)?
Singapuros (como os Charutos)?
Singapulos (como os Charutos mas dito à Chinesa)?
Singaputos (como os Miúdos)?

Eu já desisti. Aceitam-se sugestões (adicionais ou não).

A noiva de Frankenstein

Eu não fiz parte do Cabaret mas hoje também tive os meus momentos de comédia barata. De manhã, a filipina que nos limpa a casa perguntou-me se o meu nariz era "real" ou "surgical". Horas depois a dentista perguntou-me (enquanto eu, indefesa, segurava sem mãos duas brocas e um aspirador) se eu pinto o cabelo para "match" as pestanas ou as pestanas para "match" o cabelo. A julgar por estes e anteriores comentários sofridos no elevador, a minha imagem a oriente é a de uma anã com cabelo e pestanas pintadas a trincha e nariz de plástico. Nice.

CABARET (parte II)

Pela segunda vez na sua curta história, o campus de Singapura do INSEAD organizou o já famoso Cabaret.

Ao contrário da última vez, em que limitei a participar em 4 pequenos sketches com mais alguns portugueses, desta vez as minhas responsabilidades foram muito maiores. Estive na equipa de 3 mamíferos que coordenou a coisa toda.

Foi lindo! Foi como andar a brincar aos teatrinhos mas com um sistema de som de 5000 watts, uma porrada de luzes e focos, fumo no palco e um caramelo a sair no último acto por um alçapão no placo.

Lá tive as minhas 3 horas de glória no posto de controlo do teatro com uns daqueles auscultadores com microfone integrado (género OK Teleseguro) a coordenar a equipa toda: som, imagem, luzes, backstage. Isto depois de 3 semanas a dormir 4 horas por noite a preparar esta brincadeira e a correr atrás dos estudantes do INSEAD para apresentarem os números deles e comprarem bilhetes para o espectáculo.

Resultado, 3 horas bem passadas por mais de 260 pessoas com números tão diversificados como música, dança, teatro, videos, stand-ups. Em suma, muitas gargalhadas e boa disposição. Não é que eu tenha tido tempo para ver alguma coisa mas contou quem viu que tinha achado o máximo.

Enfim, mais uma daquelas coisas que posso juntar ao conjunto de memórias fantásticas deste ano cheio de novidades e que nunca mais irei esquecer. Como dizia alguém um dia destes, daqui a 10 anos não me vou lembrar sequer do tema do trabalho de estratégia que levou 3 semanas a fazer mas, daqui a 30 anos, ainda me vou lembrar daquelas 3 horas em que fiz de Steven Spielberg de terceira categoria.

Para quem está de fora, tudo aquilo até pode ter sido uma grande treta. Para nós, foi como se tivéssemos ido até à Lua e voltado.


Anakin and Neo 


Cabaret do Coxo 

And the winner is...

Já temos vencedor: o país feliz contemplado com a visita de dois fabulosos portugueses é a Indonésia. E nada dessas coisas de meninos, tipo Bali e mariquices afins. Para além de outras ilhas e ilhotas cujo nome não sei pronunciar quanto mais soletrar, vamos a Java, Flores, Komodo e Timor. Ou não fosse o meu esposo um verdadeiro dragão (ultimamente, dado as diferenças horárias e ausência da RTP Internacional, mais adepto do Chelsea e do Desportivo de Tiong Bahru).


Huuummm. Pensando melhor, que tal Vilamoura? 

Geração Pokemon

A minhã irmã não percebeu metade do post anterior. Estava cheio de referências históricas da era pre-dragonboliana.

Pequeno Génio.

A minha irmã acabou de ser aceite para um Erasmus na Holanda, onde vai estudar criptografia. Nao vai parar. Primeiro Delft, depois o MIT, depois o FBI, uma breve passagem pela Interpol, a Legião Estangeira, depois de volta ao FBI, finalmente uma longa carreira na CIA da qual nunca chegaremos a saber, pois será forçada a dizer à família que está a tentar ensinar a tabuada a rednecks no Utah, isto se lhe permitirem entrar em contacto connosco e não a forçarem a mudar a identidade para Lisa-Ann McSmith num programa de protecçao de testemunhas, depois de ter cracado os códigos dos mísseis paquistaneses, que por incrível coincidência combinam a data de aniversário do Bush (filho) e as medidas exactas da Monica Lewisnki.

Desculpem. O facto de me ter sido anunciado que a minha irmãzinha vai abandonar a protecção do lar paternal no mesmo dia em que foi revelada a verdadeira identidade do Deep Troat (não, afinal não é a Linda Lovelace) deixou-me um pouco abananada.