Fora de horas
Em Portugal os relógios atrasaram 60 minutos: nós ficámos 1 hora mais longe dos telefonemas e conversas no msg com os amigos.
(quase) em directo de singapura
Em Portugal os relógios atrasaram 60 minutos: nós ficámos 1 hora mais longe dos telefonemas e conversas no msg com os amigos.
Domingo levantámo-nos com os morcegos (4.45 da matina, hora local) para a apanhar o barco para a capital do Cambodja; 5 longas, ventosas e desconfortáveis horas depois (porque nos armámos em radicais e optámos por viajar no "telhado") chegámos ao nosso destino. Para além de visitar o Palácio Real, o Museu Nacional e o Mercado Russo, conhecemos numa esplanada o João Pedro Farinha, um português que trabalha no ADB em Manila e... coincidência das coincidências...não só morava no Rato como trabalha com a Lu, uma chinesa que conhecemos de Paris. Um encontro causado pela t-shirt do Filipe, que ostentava a frase "Amor à Camisola" (recuerdo da derrota no europeu).
Ainda em Siam Seap (a aldeia onde fica Angkor) fomos visitar uma produção artesanal de seda, onde se pode visitar desde a plantação de amoreiras às peças finais acabadinhas de sair do tear. O Filipe, como é costume, não parou de fazer perguntas, tais como "o que é que fazem depois aos bichos que estavam dentro dos casulos?" A resposta foi pronta: "Comemos, claro! Quer provar?" Desconfio que não vai ser no Fear Factor que ficamos ricos..
Olá! Estamos de volta com a emissão depois de 6 dias fantásticos no Cambodja. Primeira paragem: Angkor, um conjunto de templos do sec. IX-XIV perdidos na selva Cambodjana até meados do sec. XIX. Da quase uma centena de templos, visitámos Angkor Wat, Bayon, Angkor Thom e Ta Prohn. O famoso Angkor Wat é de facto o mais monumental, mas Ta Pronhn é o mais curioso, pois ao contrário de todos os outros pode ser visto tal como foi encontrado há cerca de cem anos atrás, meio devorado pelas árvores e raízes. Um conselho: nunca mas nunca vão passear de elefante sem levar uma almofada extra para o rabiosque.
Após 3 dias de exames para o Filipe, vamos aproveitar uns dias de férias e visitar Angkor Wat, uma das sete maravilhas no mundo localizada no Cambodja. Voltamos na próxima terça-feira com mais histórias e mais um pionés no mapa.
Uma das coisas que mais me tem surpreendido à medida que vamos conhecendo melhor outros alunos do Insead é a forma como os estereótipos que temos dos vários países batem, contrariamente ao que eu esperava, certo: os italianos são engatatões e machistas, as espanholas bebem que nem umas esponjas, os brasileiros estão sempre animados, as inglesas deslavadas mas saídas da casca, os alemães gostam de ir às festas com capacetes de Viking na cabeça e as paquistanesas praticamente não saem de casa. Salvam-se os americanos, que comem com talheres, sabem onde fica Portugal e odeiam de morte o Bush. Esta semana, descobri mais um: fui com a Sonu, indiana, comprar um tripé para a minha câmara, e depois de uma sessão de regateio verdadeiramente profissional saí da loja com um tripé de 46 dólares pela bela quantia de 20 e saco de transporte oferecido. Goodness gracious her!
Tarefa da semana para o curso de fotografia: fotografar táxis a 60km/hora até conseguir pelo menos um exemplar de cada um dos seguintes efeitos: táxi focado e fundo desfocado; táxi desfocado e fundo focado; táxi focado e fundo em movimento. Duas horas de calor equatorial e largas dezenas de fotos depois, o resultado foram meia dúzia de imagens correctas e um belo escaldão na testa. Ah, e posso-vos também informar que cerca de 60% dos táxis de Singapura fazem publicidade ao DBS Bank.
Provavelmente para fazer frente à escassez de ovos em Singapura, os supermercados passaram a vender pacotes de ovo líquido pasteurizado. O que me faz confusão nestes ovos pre-descascados e batidos nem é a utilidade - todos sabemos como pode ser moroso e cansativo partir ovos! O que me faz pensar é como é que "eles" obtêm esta fórmula: serão todos descascadinhos à mão, um a um, por crianças filipinas, terão encomendado uma máquina japonesa para fazer o trabalho, ou será que para além da gripe das aves não anda por aí alguma gastroentrite galinácea?
O Insead criou uma nova campanha de publicidade para atrair futuros estudantes (como se o Histórias da Conchichina não chegasse...) e como evento de lançamento organizou uma largada de balões: cada estudante teve direito a preencher um postal, e aquele que chegar mais longe de Singapura e for devolvido ao remetente ganha uma viagem a Bali. A festa envolveu balões, danças indianas, uma banda de jazz brasileira e muitos comes e bebes, mas não mostraram um único anúncio da campanha...
Ao fim de três meses de exposição aos mais diversos idiomas, seria de esperar que pelo menos o meu inglês e francês se tivessem aperfeiçoado. Não só se tem vindo a verificar o contrário, como até o meu português começa a estar ao nível do de um repórter de exteriores da TVI. Só para citar as calinadas de hoje, troquei "estado lastimável" por "estado lamentoso", "sotaque" por "acento" e "como é costume" por "como de hábito". Continua assim Teresa, e há-des ver que quando retornares a Lisboa ao nível do comer só há-des crer batidos de fambroesa e chalchichas com mólhos. Prontos, já nem sei falar como deve de ser.
Para avaliar as diferenças no custo de vida entre países, os economistas comparam o preço desta iguaria em cada um. Ao fim de 3 meses em terras asiáticas, proponho a criação de um novo índice McDonalds, desta vez para avaliar o grau de “chinesice” do país. Em Singapura, o menu inclui um McSpicy, um Crispy Prawn Deluxe e Prawn Wrappers. Já na Malásia, a escolha passa por um McNasiAyam e um McBuburAyam, que em HongKong pode ser acompanhado por um refrescante McQoo. Pelo que pude perceber no Japão têm um Mcお様の写 e quando for à Índia vou poder provar o McAloo Tikki, o McCurry Pan e, claro, o McVeggie. Para já fico-me pelo meu item favorito aqui do sítio, o LemonLime Juice, que sabe exactamente a uma caipirinha... sem cachaça.
O Bill Weil, um americano de S. Francisco que faz parte do grupo de trabalho do Filipe, é DJ de Goa Trance nos tempos livres (isto soa-me familiar...) e organizou ontem uma "private rave" num bar chamado Hideout. Tal como quase tudo em Singapura a rave "fechou" às duas, mas até lá conseguiu pôr-nos em transe.